Por Filipe Serrano
São Paulo, (AE) - Começou com o presidente dos EUA, Barack Obama (@barackobama), e hoje até o governador de São Paulo, José Serra (@joseserra_), aderiu. O Twitter vem tomando conta dos corredores do Senado e da Câmara. Muitos parlamentares já têm perfis no site e lá dizem o que "estão fazendo", dão opiniões sobre projetos, se defendem de acusações e respondem a dúvidas. A onda do Twitter finalmente chegou à política brasileira. Já existe um site, o PoliTweets (www.politweets.com.br) que reúne perfis de 49 políticos brasileiros, tanto do Executivo quanto do Legislativo, que, ao todo, somavam 22.263 seguidores até sexta-feira passada.
Inspirado em sites semelhantes dos EUA (www.tweetcongress.org) e do Reino Unido (www.tweetminster.co.uk), o PoliTweets reúne na maioria perfis de deputados federais (29), mas também há senadores (13). Quase todos não têm mais que uma centena de seguidores. Até agora, o político mais popular é o governador José Serra, com quase 10 mil seguidores.
Alguns perfis relatados no site, porém, são falsos, como o do presidente do Senado, José Sarney. E nem todos são atualizados pelo próprio político. Mas a nova ferramenta é vista com entusiasmo.
"O Twitter é ágil. É quase uma prestação de contas. E ainda dá liberdade para falar de tudo. Falo até de esporte e cinema. Do ponto de vista político é inovador, porque cria uma relação direta com as pessoas e possibilita ouvir opiniões mais facilmente", afirma o senador Delcídio Amaral (PT-MS), mais conhecido como @delcidio, que já twittou até durante um encontro com o presidente Lula.
Outra entusiasta é a deputada federal Manuela D’Ávila (PCdoB-RS). Para a @deputadamanuela, a ferramenta é "profundamente democrática". Ela critica aqueles que não fazem uso da sua interatividade. "Usar o Twitter como divulgador de releases é um erro. A internet é um ambiente de ideias, de autoalimentação", afirma.
O Twitter tem sido usado não apenas por políticos mas também por órgãos oficiais. O governo estadual, o Ministério da Saúde, o da Cultura, além dos próprios partidos têm perfis no site.
Para Patrícia Andrade, diretora da empresa TV1.com, responsável pelo projeto do novo site e blog da presidência da República, isso acontece porque a internet se popularizou. "O Estado deve se aproximar da população pela web, mas não pode ficar restrito a um portal. A informação pode ser divulgada em um blog, no Twitter ou no Orkut", diz.
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Olha só o Twitter invadindo o senado... E não podia ficar de fora os gaúchos.
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